O potencial da gravidez e do parto

POTENCIAL_VIDA_NASCER

Resiliência é uma das características intrínsecas ao ser humano, e na verdade a tudo o que existe.

A capacidade de aprender a lidar e a fazer face aos desafios que a vida oferece requer que nos proponhamos de facto a querer olhar aquilo que consideramos mais frágil em nós.

São ilimitados os exemplos de que dispomos em como em cada ser vivo existe a habilidade para ultrapassar aquilo que inicialmente interpretamos como obstáculos, e EVOLUIR! 

Neste misto entre o potencial e a fragilidade a que todo o ser humano está votado, persiste a tendência para considerar e adjectivar a mulher grávida e o bebé maioritariamente como frágeis e ignorar o  potencial que a vida em si encerra.

Pergunto-me se se tratando do Trabalho de Parto não poderemos considerar que esse potencial duplica, uma vez que mãe e bebé se encontram envolvidos em simultâneo no mesmo processo – o de nascer ! 

 

Créditos fotográficos | Pavel Danilyuk

Uma forma de repensarmos esta fragilidade e constatarmos a força e inteligência intrínseca do bebé, é propormo-nos observar a sua evolução durante a vida intra-uterina:

A título de exemplo, na 5ª semana após a concepção, todos os componentes básicos ficam definidos, incluindo um cérebro primitivo, uma coluna vertebral e o sistema sensorial que lhe permite ouvir, tocar, ver, degustar e cheirar.

Coisas simples, portanto!

Sabia que o batimento cardíaco é detectado em cerca de 6 semanas de gravidez!

Pergunto, agora, o que é que cada um de nós fez, de facto, para que qualquer vida se implante e desenvolva in útero para além de se disponibilizar para ter uma relação sexual?

AINDA tem dúvidas sobre a existência de uma sabedoria que não lhe pertence, que existe e que assim como cria vida, também a sabe “dar á luz”?

DAR À LUZ = TORNAR VISÍVEL

Será que toda a realidade que existe, é apenas aquela que podemos observar e portanto nos é visível, ou como Saint- Exupery já dizia, o essencial é invisível aos olhos (!?).

É que antes de os seus olhos poderem bater nos do seu filho e das suas mãos o/a poderem aconchegar no seu colo, e  de se poder deliciar com o odor subtilmente doce dessa vida… ela já existe há meses a fio! Antes mesmo de dar conta que ela existe porque o sente dentro de si, o seu organismo já se reorganizou em milhares de funções para a receber.

A grande questão que o trabalho de parto encerra baseia-se apenas no facto de nos esquecermos que no universo, e portanto também em cada um de nós, existe uma sabedoria intrínseca e que é indubitável no simples facto de estarmos vivos, e portanto é independente de conectarmos com ela e a termos consciente ou não.

Talvez a melhor oferta que possamos fazer a nós próprios, estejamos grávidos ou não, seja entrar em contacto com essa sabedoria o mais cedo possível, pois será ela a melhor ferramenta ao nosso dispor pela vida fora, e sem dúvida a nosso favor num dos eventos mais importantes das nossas vidas –  o do NASCIMENTO!

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